Martírio, de Vincent Carelli, com codireção de Ernesto Carvalho e Tita, foi eleito o melhor longa-metragem nacional de 2017.
O melhor longa estrangeiro foi Paterson, de Jim Jarmusch.
Mamata, de Marcus Curvelo , venceu como melhor curta-metragem brasileiro.
Martírio levou algum tempo para se impor como obra cinematográfica aos críticos. Poderosa denúncia do massacre dos guarani-kaiowás era tido, por parte da crítica, como “apenas importante por seu conteúdo”. Aos poucos foi mostrando que era bom também na feitura e na forma, tornando-se título incontornável sobre a dimensão política da questão indígena no Brasil.
Paterson, de Jim Jarmusch, é um dos raros filmes a investir na dimensão da poesia neste mundo conturbado. Um belíssimo filme, com Adam Driver no papel de dublê de motorista de ônibus e escritor de poemas.
Mamata é o tipo de filme que se impõe ao público jovem pela maneira como comenta e escracha o atual momento político do país. É muito divertido e catártico na primeira vez que se vê.
Sobre a Abraccine: é uma entidade de âmbito nacional, com associados em todas as regiões do país. Possui atualmente cerca de cem sócios. site: www.abraccine.org