Amanhã Chegou. E veio cobrando a conta. O filme de Renata Simões mostra, em detalhes, o beco sem saída em que nos metemos. Sempre se fala que a economia precisa crescer. Se não cresce, é o caos, como acontece no Brasil atual. Acontece que o planeta já não suporta mais o “crescimento” indiscriminado.
A humanidade, sob o primado de um capitalismo desvairado e (em aparência) sem alternativas, tornou-se autofágica. A catástrofe aí está, chegando sob a forma de aquecimento global, mares invadindo cidades, anarquia climática etc. Não existe alternativa a não ser pisar no freio do consumo. Mas vá dizer isso a Trump ou à China. A palavra de ordem do nosso tempo é “sustentabilidade”, mas o capitalismo exige expansão contínua, indiscriminada e sem controles.
O limite chegou e as evidências são assustadoras. Não podemos nos comportar como novos ricos diante de um planeta exaurido e comprometer as novas gerações.
Ouvindo um grande número de pessoas, o filme é realista em sua dura advertência. Apresenta alternativas de vida sustentáveis, cooperativas, etc. Exemplos não faltam de pessoas que pretendem viver de maneira mais razoável, sem agredir o planeta.
Sente-se falta do “outro lado”, a versão dos que acham que podemos continuar a gastança porque a conta nunca chegará. Mas estes não costumam falar. Agem e contabilizam lucros.