A arte da crítica (30): Pauline Kael, a clareza e a obscuridade

Nunca entendi direito por que Pauline Kael, crítica por 30 anos da New Yorker, e muito influente por aqui nos anos 60 e 70, tinha caído de moda no Brasil. Parece que hoje ninguém a lê. Pois eu leio, pelo menos de vez em quando. Folheando seu livro I Lost It at the Movies, a … Continue lendo A arte da crítica (30): Pauline Kael, a clareza e a obscuridade

Zanin: iraniano Um Herói, doc Poetas do Céu, Festival de Cinema Italiano…

Hoje na conversa com Talita Galli comentei o filme iraniano Um Herói, o mexicano Poetas do Céu, alguns títulos da 81/2 - Festa do Cinema Italiano e mais série Gaslit, que enxerga o Caso Watergate por outros olhos. Ufa! Link abaixo. https://youtu.be/pfw56IOXYNQ

Em Crimes do Futuro, Cronenberg põe o corpo em questão

Em Crimes do Futuro de 1970, o jovem David Cronenberg fala sobre doenças da pele. Em Crimes do Futuro de 2022, o veterano Cronenberg evoca o avesso da pele. Dirige-se ao interior do organismo. E a um futuro distópico em que seres humanos sofrem mutações, não sentem mais a dor e têm de se submeter … Continue lendo Em Crimes do Futuro, Cronenberg põe o corpo em questão

Precisamos falar do fascismo: de Mussolini aos nossos dias

Por que, em pleno século 21, escrever milhares de páginas sobre um ditador como Benito Mussolini (1883-1945)? O escritor Antonio Scurati responde  que a figura de Mussolini, ao contrário da de Hitler, conta ainda com certa aura “benigna” - apesar de ter comandado um violento regime ditatorial e arrastado o país a uma guerra que … Continue lendo Precisamos falar do fascismo: de Mussolini aos nossos dias

Gyuri, a civilização contra a barbárie

Gyuri, de Mariana Lacerda, começa de maneira inusitada. Inclusive pelo título, que só compreenderemos no interior da misteriosa conversa de abertura. Duas pessoas, uma mulher e um homem, conversam num idioma eslavo. Húngaro. Ela fala de modo fluente, mas parece ter dificuldade com uma ou outra palavra. Está há muito tempo fora do seu país. … Continue lendo Gyuri, a civilização contra a barbárie

Os Primeiros Soldados, os tempos da Aids, sem culpabilizações

Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira, começa com uma filmagem fake. Quer dizer, um filme dentro de um filme. Neste, vê-se um combatente solitário, perdido na selva, morrendo de fome, e que se diz disposto a cortar e comer uma parte do próprio corpo para sobreviver. É uma espécie de metáfora do que virá. … Continue lendo Os Primeiros Soldados, os tempos da Aids, sem culpabilizações